30 novembro, 2003
QUE EUROPA?
Neste Domingo cinzento, pouco apetece estar a teclar, mas há algumas coisas que ficaram por escrever. Aproveite-se então para por a escrita em dia.
Retomo o tema da Europa (após a violação do Pacto), e em resposta ao meu amigo Pedro L. e ao Carlos a.a.: o que eu pretendi dizer foi que a Europa igualitária com que muitos sonham não tem, desta forma, viabilidade. Sabia-se, desde a decisão do alargamento, que quer a França quer a Alemanha, não estariam dispostas a "estar" numa Europa que não lhes prestasse vassalagem. Lembro-me de, há poucos anos, e já na era Schröder, os responsáveis alemães terem dito que não estavam interessados em continuar a ser a maior fonte subsidiária desta Europa. A não ser que....! A não ser que os países mais pequenos se comportassem bem e não colocassem em causa o seu poderio.
Portugal, por variadas razões, tem sido sempre tratado como um país deficitário, incapaz de criar riqueza própria, inapto para integrar o pelotão da frente europeia. Algumas vezes apelidado de "bom aluno", o país espelha-se para o exterior como um território de Sol e areias brancas, com águas costeiras bem temperadas e uma mesa gostosa e de bom preço. Muitas vezes elogia-se o nosso espírito aberto, a que teimam em chamar de latino.
E para que essa imagem prevaleça, o Portugal deste início de século é um país sem destino e sem convicções. Cada vez mais enfraquecidos na Europa, sem sabermos o que pretendemos fazer com a África lusófona, sem terreno para conquistar na América Latina, sonhando com um Atlântico que já não passa pela nossa costa, o futuro deste País, a continuar assim, só poderá ser o da subserviência perante alemães e franceses (os ingleses virão depois).
Quando Portugal alinhou ao lado dos EUA e da GB na questão do Iraque, pensou-se que a política externa portuguesa estaria definida. Sem virar costas à Europa, afirmávamos a nossa vontade de nos voltarmos para o Atlântico. Foi sol de pouca dura. Embarcando na chantagem franco-alemã, lá fizemos o favor aos maiores consumidores do nosso vinho rosé e aos maiores importadores europeus dos nossos produtos. A história da nossa afirmação junto dos parceiros europeus foi tão efémera que tem um gosto a falso.
O que eu pretendo dizer com esta minha curta mensagem é que a Europa igualitária não existe. E se algum sonho foi acalentado nesse sentido, ele está hoje transformado em cadáver.
A minha questão, e aquela que nos deve preocupar, é saber para que Europa é que caminhamos e que Europa é que afinal queremos.
Sobre este assunto, não percam o artigo de António Barreto no "Público" de hoje (30/11/2003).
Neste Domingo cinzento, pouco apetece estar a teclar, mas há algumas coisas que ficaram por escrever. Aproveite-se então para por a escrita em dia.
Retomo o tema da Europa (após a violação do Pacto), e em resposta ao meu amigo Pedro L. e ao Carlos a.a.: o que eu pretendi dizer foi que a Europa igualitária com que muitos sonham não tem, desta forma, viabilidade. Sabia-se, desde a decisão do alargamento, que quer a França quer a Alemanha, não estariam dispostas a "estar" numa Europa que não lhes prestasse vassalagem. Lembro-me de, há poucos anos, e já na era Schröder, os responsáveis alemães terem dito que não estavam interessados em continuar a ser a maior fonte subsidiária desta Europa. A não ser que....! A não ser que os países mais pequenos se comportassem bem e não colocassem em causa o seu poderio.
Portugal, por variadas razões, tem sido sempre tratado como um país deficitário, incapaz de criar riqueza própria, inapto para integrar o pelotão da frente europeia. Algumas vezes apelidado de "bom aluno", o país espelha-se para o exterior como um território de Sol e areias brancas, com águas costeiras bem temperadas e uma mesa gostosa e de bom preço. Muitas vezes elogia-se o nosso espírito aberto, a que teimam em chamar de latino.
E para que essa imagem prevaleça, o Portugal deste início de século é um país sem destino e sem convicções. Cada vez mais enfraquecidos na Europa, sem sabermos o que pretendemos fazer com a África lusófona, sem terreno para conquistar na América Latina, sonhando com um Atlântico que já não passa pela nossa costa, o futuro deste País, a continuar assim, só poderá ser o da subserviência perante alemães e franceses (os ingleses virão depois).
Quando Portugal alinhou ao lado dos EUA e da GB na questão do Iraque, pensou-se que a política externa portuguesa estaria definida. Sem virar costas à Europa, afirmávamos a nossa vontade de nos voltarmos para o Atlântico. Foi sol de pouca dura. Embarcando na chantagem franco-alemã, lá fizemos o favor aos maiores consumidores do nosso vinho rosé e aos maiores importadores europeus dos nossos produtos. A história da nossa afirmação junto dos parceiros europeus foi tão efémera que tem um gosto a falso.
O que eu pretendo dizer com esta minha curta mensagem é que a Europa igualitária não existe. E se algum sonho foi acalentado nesse sentido, ele está hoje transformado em cadáver.
A minha questão, e aquela que nos deve preocupar, é saber para que Europa é que caminhamos e que Europa é que afinal queremos.
Sobre este assunto, não percam o artigo de António Barreto no "Público" de hoje (30/11/2003).
29 novembro, 2003
Michael Jackson na web.
Ora aí está uma modalidade que ainda não tem eco em Portugal.
Como sabem, a pop star Michael Jackson anda às voltas com a justiça. Acusado de abusos sexuais contra crianças.
Para se defender das acusações, MJ criou um página na internet, onde divulga comunicados que refutam as acusações de que é alvo.
Aqui em Portugal seria interessante ver também toda essa gente, que está preventivamente presa, proclamar a sua defesa através de webpages. Aqui fica a sugestão (desconfio que eles não visitam esta Praça).
Para os/as fans de Michael, aqui fica a sua página.
Ora aí está uma modalidade que ainda não tem eco em Portugal.
Como sabem, a pop star Michael Jackson anda às voltas com a justiça. Acusado de abusos sexuais contra crianças.
Para se defender das acusações, MJ criou um página na internet, onde divulga comunicados que refutam as acusações de que é alvo.
Aqui em Portugal seria interessante ver também toda essa gente, que está preventivamente presa, proclamar a sua defesa através de webpages. Aqui fica a sugestão (desconfio que eles não visitam esta Praça).
Para os/as fans de Michael, aqui fica a sua página.
28 novembro, 2003
RODAPÉ
Este comunicado já tardava.
Recebida há já algum tempo, a última edição (Primavera/Verão 2003) da revista RODAPÉ apresenta-se com nova roupagem mas continuando a primar por um nível de qualidade bastante elevado.
Editada pela Câmara Municipal (Biblioteca Municipal de Beja), a RODAPÉ foi, desde o seu primeiro número, uma lufada de ar renovado no marasmo cultural de Beja. Apostada em divulgar novos talentos, a RODAPÉ não se quedou pela arte da escrita, revelando, em pé de igualdade, a obra de fotógrafos, artistas plásticos e ilustradores do Alentejo, muitos deles desconhecidos e afastados dos centros comerciais de arte.
Este número mais recente dedica-se aos sentidos. E faz todo o sentido a sua capa, com um poema de Eugénio de Andrade ("Sem Ti") escrito em Braille.
Pegando no escrito de uma leitora da revista, deixo-vos o repto - façam-se cúmplices e degustem a RODAPÉ.
Este comunicado já tardava.
Recebida há já algum tempo, a última edição (Primavera/Verão 2003) da revista RODAPÉ apresenta-se com nova roupagem mas continuando a primar por um nível de qualidade bastante elevado.
Editada pela Câmara Municipal (Biblioteca Municipal de Beja), a RODAPÉ foi, desde o seu primeiro número, uma lufada de ar renovado no marasmo cultural de Beja. Apostada em divulgar novos talentos, a RODAPÉ não se quedou pela arte da escrita, revelando, em pé de igualdade, a obra de fotógrafos, artistas plásticos e ilustradores do Alentejo, muitos deles desconhecidos e afastados dos centros comerciais de arte.
Este número mais recente dedica-se aos sentidos. E faz todo o sentido a sua capa, com um poema de Eugénio de Andrade ("Sem Ti") escrito em Braille.
Pegando no escrito de uma leitora da revista, deixo-vos o repto - façam-se cúmplices e degustem a RODAPÉ.
BlogoBeja
Saúda-se, com muito entusiasmo, o aparecimento de cromos bejenses na blogosfera. Dizem-se com piada e esperamos que sim. Vamos então ver como nos surpreendem os 3 da Barra Cromológica.
Saúda-se, com muito entusiasmo, o aparecimento de cromos bejenses na blogosfera. Dizem-se com piada e esperamos que sim. Vamos então ver como nos surpreendem os 3 da Barra Cromológica.
27 novembro, 2003
Reacções ao meu comunicado anterior.
Sabia que o texto “A Europa do pacto Violado” iria provocar algumas reacções.
A primeira veio da Suécia, de um amigo de longa data, que quis, ao telefone, discutir os modelos possíveis para a construção de uma Europa igualitária. Fez-me um reparo: onde digo “países de 1ª e os outros de 2ª”, eu deveria dizer “países de 1ª e os outros”, ficando por saber quantos e quais seriam os constituintes do bloco de 1ª. Agendámos para as férias de Natal um aprofundamento da conversa.
Aqui, em espaço próprio, ficaram até agora 2 mensagens, que transcrevo:
1) Posted By: carlos a.a. 11/27/2003 6:03:33
"Está assim dada uma "machadada" na construção europeia"
Eu acho demasiadamente radical! Prefiro pensar que a machadada foi fatal para esta construção europeia. É tempo de iniciarmos uma outra com outros alicerces.
A edificação que temos vindo a assistir desde Maastrich é uma negação à identidade da Europa do pós-guerra, a do Estado Social, a da entrega aos interesses privados de todas as ferramentas financeiras, a do neo-liberalismo desenfreado.
Há que reinventar, com serenidade, como poderemos continuar a ser europeus sem querermos ser iguais aos EEUU.
Não sou anti-americano, sou é um europeu de NACIONALIDADE portuguesa.”
2) Posted By: Pedro Lameira 11/27/2003 8:59:04 AM
“Eu não consigo classificar a Europa dessa maneira (países mais fortes/países mais fracos), classifico-os antes de países trabalhadores e países preguiçosos (Portugal quanto a mim pertence aos últimos). Espanta-me este seu artigo, principalmente porque sei que o João conhece muito bem a Alemanha e os Alemães (com todos os defeitos que possam ter, ninguém os pode acusar de serem preguiçosos).
Quanto a Portugal só se pode queixar de si mesmo, nós fomos os primeiros a não cumprir as nossas obrigações perante a Europa. Recebemos ajudas para progredirmos, tal qual os nossos vizinhos Espanhóis, mas ao contrário deles não soubemos investir, não evoluímos e o pior de tudo regredimos. Hoje estamos a pagar essa factura. Os culpados e responsáveis desta situação... bem deixemos isso para uma outra ocasião.”
Prometo que voltarei a este assunto.
Sabia que o texto “A Europa do pacto Violado” iria provocar algumas reacções.
A primeira veio da Suécia, de um amigo de longa data, que quis, ao telefone, discutir os modelos possíveis para a construção de uma Europa igualitária. Fez-me um reparo: onde digo “países de 1ª e os outros de 2ª”, eu deveria dizer “países de 1ª e os outros”, ficando por saber quantos e quais seriam os constituintes do bloco de 1ª. Agendámos para as férias de Natal um aprofundamento da conversa.
Aqui, em espaço próprio, ficaram até agora 2 mensagens, que transcrevo:
1) Posted By: carlos a.a. 11/27/2003 6:03:33
"Está assim dada uma "machadada" na construção europeia"
Eu acho demasiadamente radical! Prefiro pensar que a machadada foi fatal para esta construção europeia. É tempo de iniciarmos uma outra com outros alicerces.
A edificação que temos vindo a assistir desde Maastrich é uma negação à identidade da Europa do pós-guerra, a do Estado Social, a da entrega aos interesses privados de todas as ferramentas financeiras, a do neo-liberalismo desenfreado.
Há que reinventar, com serenidade, como poderemos continuar a ser europeus sem querermos ser iguais aos EEUU.
Não sou anti-americano, sou é um europeu de NACIONALIDADE portuguesa.”
2) Posted By: Pedro Lameira 11/27/2003 8:59:04 AM
“Eu não consigo classificar a Europa dessa maneira (países mais fortes/países mais fracos), classifico-os antes de países trabalhadores e países preguiçosos (Portugal quanto a mim pertence aos últimos). Espanta-me este seu artigo, principalmente porque sei que o João conhece muito bem a Alemanha e os Alemães (com todos os defeitos que possam ter, ninguém os pode acusar de serem preguiçosos).
Quanto a Portugal só se pode queixar de si mesmo, nós fomos os primeiros a não cumprir as nossas obrigações perante a Europa. Recebemos ajudas para progredirmos, tal qual os nossos vizinhos Espanhóis, mas ao contrário deles não soubemos investir, não evoluímos e o pior de tudo regredimos. Hoje estamos a pagar essa factura. Os culpados e responsáveis desta situação... bem deixemos isso para uma outra ocasião.”
Prometo que voltarei a este assunto.
A Europa do Pacto violado.
Todos aqueles que pensavam ser possível a construção de uma Europa igualitária, isto é, em que não houvesse países de 1ª e outros de 2ª, viram esta semana desfeito esse seu sonho. Havia por aí muito boa gente que ainda acreditava numa Europa independente do eixo franco-alemão (ou que ela se edificasse sem esse motor).
Esse sonho acabou.
A França e a Alemanha violaram o Pacto de Estabilidade e Crescimento mas esta violação foi legitimada, contrariando as orientações de Prodi, por países como Portugal.
Está assim dada uma "machadada" na construção europeia. Aceitando as chantagens implícitas daqueles 2 países (redução na contribuição para os fundos estruturais), a Europa dos mais fracos continuará enfraquecida e a Europa dos fortes caminhará cada vez mais poderosa.
Isto é, os poderosos podem violar os pactos. Os fracos assim continuarão!
É esta a Europa que queremos?
(PS - Especialistas da OCDE fazem previsão: em 2005, Alemanha e França continuarão a violar o PEC, com um défice de 3,5% do PIB. Do lado alemão garante-se que, através das reformas que estão em marcha, tal será evitado. Veremos.)
Todos aqueles que pensavam ser possível a construção de uma Europa igualitária, isto é, em que não houvesse países de 1ª e outros de 2ª, viram esta semana desfeito esse seu sonho. Havia por aí muito boa gente que ainda acreditava numa Europa independente do eixo franco-alemão (ou que ela se edificasse sem esse motor).
Esse sonho acabou.
A França e a Alemanha violaram o Pacto de Estabilidade e Crescimento mas esta violação foi legitimada, contrariando as orientações de Prodi, por países como Portugal.
Está assim dada uma "machadada" na construção europeia. Aceitando as chantagens implícitas daqueles 2 países (redução na contribuição para os fundos estruturais), a Europa dos mais fracos continuará enfraquecida e a Europa dos fortes caminhará cada vez mais poderosa.
Isto é, os poderosos podem violar os pactos. Os fracos assim continuarão!
É esta a Europa que queremos?
(PS - Especialistas da OCDE fazem previsão: em 2005, Alemanha e França continuarão a violar o PEC, com um défice de 3,5% do PIB. Do lado alemão garante-se que, através das reformas que estão em marcha, tal será evitado. Veremos.)
26 novembro, 2003
Região de Turismo Planície Dourada.
"Alentejo Rural"
Segundo esta notícia, a recém-eleita direcção da Região de Turismo Planície Dourada tomou posse e o seu novo Presidente proferiu algumas palavras onde apontou o que considera ser os dois principais projectos que poderão potencializar o turismo nesta região: alqueva e aeroporto de Beja. Disse mais: os campos de golfe é o que está a dar! ( a expressão é minha, a ideia é do Presidente).
Convém explicar a quem de direito que existe hoje, por essa Europa e pelo Mundo, um tipo de Turismo bem mais importante que o "endinheirado" golfe. É o Turismo Cultural.
Seria bom que não se esquecessem os milhares e milhares de turistas que visitam determinadas regiões pelas suas características: culturais, históricas, antropológicas, sociológicas, etnológicas, etc...
O consumidor de golfe não se interessa por este tipo de turismo e trata (vê) os autóctones como espécie rara e que até dão uns interessantes fotogramas.
Sou a favor dos campos de golfe. Mas sou muito mais favorável a tudo o que possa valorizar o nosso património humano.
"Alentejo Rural"
Segundo esta notícia, a recém-eleita direcção da Região de Turismo Planície Dourada tomou posse e o seu novo Presidente proferiu algumas palavras onde apontou o que considera ser os dois principais projectos que poderão potencializar o turismo nesta região: alqueva e aeroporto de Beja. Disse mais: os campos de golfe é o que está a dar! ( a expressão é minha, a ideia é do Presidente).
Convém explicar a quem de direito que existe hoje, por essa Europa e pelo Mundo, um tipo de Turismo bem mais importante que o "endinheirado" golfe. É o Turismo Cultural.
Seria bom que não se esquecessem os milhares e milhares de turistas que visitam determinadas regiões pelas suas características: culturais, históricas, antropológicas, sociológicas, etnológicas, etc...
O consumidor de golfe não se interessa por este tipo de turismo e trata (vê) os autóctones como espécie rara e que até dão uns interessantes fotogramas.
Sou a favor dos campos de golfe. Mas sou muito mais favorável a tudo o que possa valorizar o nosso património humano.
25 novembro, 2003
O que é que Ana Gomes, Eduardo Prado Coelho, Jorge Wemans, Luis Nazare, Luis Osorio, Maria Manuel Leitao Marques, Vicente Jorge Silva e Vital Moreira têm em comum? Isto!
O que será que nos poderão trazer de novo? Vale a pena esperar novidades? Cá me parece...
O que será que nos poderão trazer de novo? Vale a pena esperar novidades? Cá me parece...
24 novembro, 2003
A Campanha do Papel Higiénico - A marca (portuguesa) RENOVA revolucionou a publicidade ao papel higiénico. Disso nos dá conta, em primeira página, o Expresso de 22/11. Já em Outubro, a revista PHOTO nos havia brindado com uma excelente reportagem sobre esta campanha, apresentando um portfolio de magnífica qualidade e oferecendo-nos um calendário de secretária, com 12 fotografias relativas a esse trabalho. Mais - a revista lançou um concurso de fotografia, onde se apresentarão propostas para a próxima campanha daquela conhecida marca de papel (de wc). Algumas das imagens (que parece estarem a "ofender"algumas sensibilidades mais púdicas) podem ser vistas no site da Renova. Os interessados em participar no concurso de fotografia (até 20/2/2004), podem descarregar o regulamento aqui.
Deixo-vos aqui uma imagem do calendário 2004. (fotografia de François Rosseau):
Algumas reacções:
MATOOBLOG
SIC online
Deixo-vos aqui uma imagem do calendário 2004. (fotografia de François Rosseau):
Algumas reacções:
MATOOBLOG
SIC online
22 novembro, 2003
Criei, a título experimental, uma modalidade de comentário em cada uma das postas.
Assim, se quiser deixar algum comentário, clique onde diz "Shout Out", logo após cada posta, e deixe o seu comentário na caixa que se vai abrir.
Como disse, isto é só uma experiência, pois gostaria de aperfeiçoar a possibilidade de cada um deixar aqui a sua opinião.
Assim, se quiser deixar algum comentário, clique onde diz "Shout Out", logo após cada posta, e deixe o seu comentário na caixa que se vai abrir.
Como disse, isto é só uma experiência, pois gostaria de aperfeiçoar a possibilidade de cada um deixar aqui a sua opinião.
Entretanto, com as novas POLI'sses na Rua António Sardinha, as ambulâncias têm que fazer um passeio turístico pela zona do Politécnico, até chegarem ao seu destino - o Hospital. Como aquela zona é de difícil circulação (ruas apertadas, inúmeros carros mal estacionados), a tarefa dos socorristas está dificultada. Tudo isto foi analisado, chegando-se à conclusão de não haver alternativa. Pergunta de leigo: e se as obras na Rua A.S. se fizessem em duas fases? Isto é, primeiro num sentido (p.ex. do lado da EDP) e depois no outro (do lado do Bairro da FAP), deixando sempre livre um corredor que possibilitasse as ambulâncias de circular? Repito: é pergunta de leigo....
Leia mais sobre o assunto aqui.
Leia mais sobre o assunto aqui.
Vem aí o Natal e com ele as habituais iluminações de rua.
O Comércio bejense, a viver dias de agonia, espera que a quadra salve o negócio e, certamente mais uma vez, vai contribuir para que as luzinhas alumiem os dias negros que se avizinham.
Ainda não perceberam que o problema não se resolve com iluminações natalícias e campanhas para se "consumir no comércio tradicional"?
Para o ano, os proprietários dos estabelecimentos sobreviventes, repetirão os mesmos slogans e continuarão a não apontar o dedo a quem é responsável pelo homicídio do centro histórico de Beja.
Até que um dia alguém se chateie a sério....
O Comércio bejense, a viver dias de agonia, espera que a quadra salve o negócio e, certamente mais uma vez, vai contribuir para que as luzinhas alumiem os dias negros que se avizinham.
Ainda não perceberam que o problema não se resolve com iluminações natalícias e campanhas para se "consumir no comércio tradicional"?
Para o ano, os proprietários dos estabelecimentos sobreviventes, repetirão os mesmos slogans e continuarão a não apontar o dedo a quem é responsável pelo homicídio do centro histórico de Beja.
Até que um dia alguém se chateie a sério....
Quem vier a Beja, vai notar que o Castelo está diferente. Desculpem, não é o Castelo, é a sua torre, lá bem no cimo. Obras de conservação. Algumas ameias ameaçavam cair. O Castelo, esse, continuará como sempre. Sem vida, com horário de funcionário público (e respectivas greves). O Castelo, que baptizaram de ex-libris da cidade, é um monumento morto, onde nada acontece. Nada naquele local apela ao turismo. A zona circundante é feia e está cheia de carros. Mesmo ao lado, no Largo da Sé, que poderia ser a ante-câmara do Castelo, amontoam-se diariamente dezenas de carros. Nem espaço há para que os noivados que ali se celebram possam ser ainda mais brilhantes. A venda ambulante, que até poderia dar vida aquele espaço, é uma fonte de lixo e pouco mais.
Concordo - o Castelo é mesmo o ex-libris de uma cidade que, a pouco e pouco vai morrendo e definhando. É pena.
Nasci aqui e tenho pena se um dia tiver que voltar a ir-me embora. Como já muitos o fizeram.
Será que ainda vamos a tempo de salvar a urbe bejense?
Concordo - o Castelo é mesmo o ex-libris de uma cidade que, a pouco e pouco vai morrendo e definhando. É pena.
Nasci aqui e tenho pena se um dia tiver que voltar a ir-me embora. Como já muitos o fizeram.
Será que ainda vamos a tempo de salvar a urbe bejense?
20 novembro, 2003
A falta de água em Beja, já relatada aqui e aqui, está a indignar as pessoas. Conforme está a ser divulgado na Rádio Pax, há quem esteja a ser prejudicado na sua actividade, pelos repetidos cortes no abastecimento de água.
No Bairro da Cooperativa, de forma inexplicável, os cortes são regulares. Para além disso, a água deixou de ter força suficiente para fazer arrancar os esquentadores, o que obriga aos moradores daquela zona da cidade (principalmente aqueles que vivem ao nível do 2º andar) a um verdadeiro exercício de habilidade, para que a água saia temperada nos seus duches. É que, se se abrem as torneiras de água fria em demasia, os esquentadores desligam (quando se conseguem ligar). E, posso garantir-vos, o problema não é dos esquentadores.
Também há quem tenha a infelicidade de deixar as máquinas a lavar a roupa quando sai de casa para o emprego. De forma muito regular, mas sem pré-aviso, o fornecimento de água é interrompido durante a manhã. É de prever o que acontece às máquinas que ficam a trabalhar sem água....! Espera-se agora que, com a insitência de um órgão de Comunicação Social, a EMAS dê resposta à indignação dos bejenses.
E já agora, só para esclarecimento, digam-me lá se, quando for inaugurado o Parque da Cidade (obra POLI's), onde está prevista a instalação de um grande lago artificial assim como uma cascata de água a brotar por cima do futuro restaurante, dizia eu, quando tudo isto estiver a funcionar, como é que vai ser o fornecimento da água às habitações daquela zona da cidade? Estou a prever crise!
Venham de lá então essas explicações da EMAS.
Prometo divulgá-las aqui na Praça.
No Bairro da Cooperativa, de forma inexplicável, os cortes são regulares. Para além disso, a água deixou de ter força suficiente para fazer arrancar os esquentadores, o que obriga aos moradores daquela zona da cidade (principalmente aqueles que vivem ao nível do 2º andar) a um verdadeiro exercício de habilidade, para que a água saia temperada nos seus duches. É que, se se abrem as torneiras de água fria em demasia, os esquentadores desligam (quando se conseguem ligar). E, posso garantir-vos, o problema não é dos esquentadores.
Também há quem tenha a infelicidade de deixar as máquinas a lavar a roupa quando sai de casa para o emprego. De forma muito regular, mas sem pré-aviso, o fornecimento de água é interrompido durante a manhã. É de prever o que acontece às máquinas que ficam a trabalhar sem água....! Espera-se agora que, com a insitência de um órgão de Comunicação Social, a EMAS dê resposta à indignação dos bejenses.
E já agora, só para esclarecimento, digam-me lá se, quando for inaugurado o Parque da Cidade (obra POLI's), onde está prevista a instalação de um grande lago artificial assim como uma cascata de água a brotar por cima do futuro restaurante, dizia eu, quando tudo isto estiver a funcionar, como é que vai ser o fornecimento da água às habitações daquela zona da cidade? Estou a prever crise!
Venham de lá então essas explicações da EMAS.
Prometo divulgá-las aqui na Praça.
19 novembro, 2003
Noémia Cruz é a autora da peça escultórica que se encontra no Largo de S. João em Beja (uma das intervenções POLI's). Sobre a referida obra, explica NC ao Diário do Alentejo: "Têm-me chegado comentários positivos e negativos os quais eu respeito. Só gostava era que, ao invês de se comentar, se criticasse verdadeiramente a escultura, sem lamentos por roubar lugares de estacionamento." Diz-nos ainda a escultora que a obra é "inspirada nos monumentos megalíticos e feita mesmo para o Alentejo (...)."
Não sei se a obra é criticada por ocupar lugares de estacionamento. Se alguém o faz nessa perspectiva, terá as suas razões, que não as minhas.
A minha questão, que ainda não vi esclarecida - e desconheço se um escultor tem respostas para questões leigas - é saber o porquê daquela peça naquele local. Aprecio uma escultura que me toque nalgum ponto das minhas sensibilidades. Algo que me agrade ao olhar, que goste de ver no sítio onde está ou como obra isolada.
Beja viu, nos últimos anos, nascer muitas obras escultóricas, a maior parte delas para "embelezar" rotundas. Gosto de algumas - "O Pião" e "O Monumento ao Preso Político", porque, para além da sua beleza estética, valorizam o meio que as envolve. Outras não gosto - "A Saboneteira", junto ao Hotel Melius, porque não lhe acho graça nenhuma e parece-me desenquadrada do local. Outras ainda - aquelas peças dispersas junto ao Castelo de Beja, acho-as uma perfeita aberração.
Neste caso, a "escultura sem nome", não me desagrada enquanto objecto escultórico, mas não gosto de a ver onde está nem me parece que o Largo de S. João tenha enriquecido com ela. Certamente que a autora deve ter visitado o local inúmeras vezes. Deve ter efectuado pesquisas sobre a História daquele Largo. Dos dados recolhidos surgiu-lhe obviamente a peça que agora tornou pública.
São precisamente esses dados, de que a autora obviamente dispõe, que me faltam para poder observar as "hastes" sem que elas não me ofendam o olhar. Para que elas deixem de ser umas simples "hastes vermelhas" postadas no meio de um Largo, eu precisava de entender o que ali está. E quando digo eu, digo milhares de cidadãos que por ali passam e gostariam de sentir a escultura como sua, como fazendo parte da sua cidade e do local onde vivem ou por onde passeiam. O que, a bem da verdade, não me parece ser o caso.
Não sei se a obra é criticada por ocupar lugares de estacionamento. Se alguém o faz nessa perspectiva, terá as suas razões, que não as minhas.
A minha questão, que ainda não vi esclarecida - e desconheço se um escultor tem respostas para questões leigas - é saber o porquê daquela peça naquele local. Aprecio uma escultura que me toque nalgum ponto das minhas sensibilidades. Algo que me agrade ao olhar, que goste de ver no sítio onde está ou como obra isolada.
Beja viu, nos últimos anos, nascer muitas obras escultóricas, a maior parte delas para "embelezar" rotundas. Gosto de algumas - "O Pião" e "O Monumento ao Preso Político", porque, para além da sua beleza estética, valorizam o meio que as envolve. Outras não gosto - "A Saboneteira", junto ao Hotel Melius, porque não lhe acho graça nenhuma e parece-me desenquadrada do local. Outras ainda - aquelas peças dispersas junto ao Castelo de Beja, acho-as uma perfeita aberração.
Neste caso, a "escultura sem nome", não me desagrada enquanto objecto escultórico, mas não gosto de a ver onde está nem me parece que o Largo de S. João tenha enriquecido com ela. Certamente que a autora deve ter visitado o local inúmeras vezes. Deve ter efectuado pesquisas sobre a História daquele Largo. Dos dados recolhidos surgiu-lhe obviamente a peça que agora tornou pública.
São precisamente esses dados, de que a autora obviamente dispõe, que me faltam para poder observar as "hastes" sem que elas não me ofendam o olhar. Para que elas deixem de ser umas simples "hastes vermelhas" postadas no meio de um Largo, eu precisava de entender o que ali está. E quando digo eu, digo milhares de cidadãos que por ali passam e gostariam de sentir a escultura como sua, como fazendo parte da sua cidade e do local onde vivem ou por onde passeiam. O que, a bem da verdade, não me parece ser o caso.
Os motores de busca revelam-nos coisas muito interessantes. E nós, blogueres com controladores nas suas páginas, temos muitas vezes surpresas estranhas. Reparei que alguém veio bater à minha porta, através do motor MSN Search, quando andava à procura de, veja-se bem "todas as raparigas da Inglaterra com 12 anos fotos". Uma pesquisa muito estranha! Espelho dos tempos que correm?
Por aqui não se safam...
Por aqui não se safam...
18 novembro, 2003
O Quarto do Pulha reabriu. Vá-se lá saber porquê, não fazem a coisa por menos e explicam-se. Em Editorial. De forma magnânima. Eu traduzo: o Carlos foi à casa de banho e não havia papel higiénico. Decidiu escrever o que escreveu. Ele não tem culpa. É da diarreia.
Aqui, algures no fim do mundo, desejo-vos saúde e vida longa.
Aqui, algures no fim do mundo, desejo-vos saúde e vida longa.
1) Mais uma vez as torneiras teimam em não deitar água. Como é que se pode começar um dia sem o duche e fazer a barba sem água abundante? Como é que pode correr o dia a quem tem que tratar da higiene à custa de garrafões de água? Pela regularidade com que isto está a acontecer, bem me parece que a Empresa que tem o monopólio da água está a precisar de um valente raspanete.
2) Ontem, pelas 5 e meia da tarde, a avenida que vai da rotunda do pião à rotunda da saboneteira, parecia Lisboa em hora de ponta. Mais uma rua que foi fechada ao trânsito e eis o caos instalado. Numa cidade que não chega aos 30 mil habitantes, faz sentido estar numa fila de carros, durante cerca de 10 minutos, para percorrer 100 metros? Multipliquem-se os km e o tempo de espera torna-se revoltante. Aqui, em Beja, onde nos vendem "qualidade de vida". Só se for para quem leva os dias sentado no gabinete.
Apetece fugir desta cidade.
2) Ontem, pelas 5 e meia da tarde, a avenida que vai da rotunda do pião à rotunda da saboneteira, parecia Lisboa em hora de ponta. Mais uma rua que foi fechada ao trânsito e eis o caos instalado. Numa cidade que não chega aos 30 mil habitantes, faz sentido estar numa fila de carros, durante cerca de 10 minutos, para percorrer 100 metros? Multipliquem-se os km e o tempo de espera torna-se revoltante. Aqui, em Beja, onde nos vendem "qualidade de vida". Só se for para quem leva os dias sentado no gabinete.
Apetece fugir desta cidade.
17 novembro, 2003
Notas Soltas de Domingo. (dificuldades na rede provocaram a tardia inserção desta posta)
- Tenho uma extensa “LISTA DE ESPERA”. Com livros, revistas, dvd’s, cd’s, correspondência timbrada e electrónica. Aos livros sei que, mais tarde ou mais cedo, lhes vou bater à porta. A uns com mais facilidade do que a outros. Em espera biológica está a ética de António Damásio. Não sei como lá chegarei.
Acrescentei mais um volume à Lista. Lobo Antunes, com certeza. E tenho a certeza que só lá chegarei na noite da consoada. Fará sentido programar no tempo a leitura de um livro? Para mim, faz. Os rituais da preparação criam a ansiedade. A seguir vem a voracidade. Depois regressa-se à leitura consistente. São hábitos – ou manias, dizem-me. Por vezes, porém, os primeiros contactos são demasiado fortes para que se respeitem as programações. E lê-se. Por prazer.
As músicas e os filmes têm lugar marcado para uma brevidade nocturna. Lá chegarei. A correspondência terá resposta. Prometo.
- Leio uma sondagem no DN de 8/11, sobre a Constituição Europeia e o Referendo. Não compreendo a pergunta que se faz aos sondados: “Aceita subordinar a Constituição Portuguesa a uma Constituição Europeia?”. Isto não faz sentido. A questão está mal formulada. O que me leva a recear que a questão do referendo esteja, desde já, inquinada. Aliás, as questões colocadas na sondagem estão todas elas contaminadas. Pergunte-se, em sondagem: “Sabe para que serve um referendo?” ou “O resultado de um referendo é vinculativo?”. Depois basta interpretar os resultados.
- Revejo tudo o que se escreveu e disse no processo EDAB – PSD/Beja. Chego à conclusão que mais grave do que as palavras proferidas, são os silêncios não explicados. Há por aí quem se tenha remetido a um silêncio calculista. Negociado? Obrigado? Medroso? O tempo o dirá.
- Pego no “Diário do Alentejo” para, mais uma vez, reler a opinião do Presidente da Câmara de Ourique. Mais do que lá está escrito, é importante tentar compreender o que está entre as linhas. E chego à conclusão que há ali muita matéria. Para reflectir. Principalmente pelo que não está lá escrito, mas implícito.
- Revejo o meu amigo Maltês. Obviamente que a fotografia é tema. Uma conclusão: há muitos olhares escondidos. Eu acrescento: há uma juventude que gosta da Arte, mas não aceita tratá-la com vénias. Os novos valores continuam afastados. E não é por auto-exclusão.
- Termino o Domingo a olhar para o Boletim Cultural da Câmara Municipal de Beja. Sem rumo, desactualizado, de péssimo grafismo, nada inovador, pobre! Como a Cultura do Município.
- Tenho uma extensa “LISTA DE ESPERA”. Com livros, revistas, dvd’s, cd’s, correspondência timbrada e electrónica. Aos livros sei que, mais tarde ou mais cedo, lhes vou bater à porta. A uns com mais facilidade do que a outros. Em espera biológica está a ética de António Damásio. Não sei como lá chegarei.
Acrescentei mais um volume à Lista. Lobo Antunes, com certeza. E tenho a certeza que só lá chegarei na noite da consoada. Fará sentido programar no tempo a leitura de um livro? Para mim, faz. Os rituais da preparação criam a ansiedade. A seguir vem a voracidade. Depois regressa-se à leitura consistente. São hábitos – ou manias, dizem-me. Por vezes, porém, os primeiros contactos são demasiado fortes para que se respeitem as programações. E lê-se. Por prazer.
As músicas e os filmes têm lugar marcado para uma brevidade nocturna. Lá chegarei. A correspondência terá resposta. Prometo.
- Leio uma sondagem no DN de 8/11, sobre a Constituição Europeia e o Referendo. Não compreendo a pergunta que se faz aos sondados: “Aceita subordinar a Constituição Portuguesa a uma Constituição Europeia?”. Isto não faz sentido. A questão está mal formulada. O que me leva a recear que a questão do referendo esteja, desde já, inquinada. Aliás, as questões colocadas na sondagem estão todas elas contaminadas. Pergunte-se, em sondagem: “Sabe para que serve um referendo?” ou “O resultado de um referendo é vinculativo?”. Depois basta interpretar os resultados.
- Revejo tudo o que se escreveu e disse no processo EDAB – PSD/Beja. Chego à conclusão que mais grave do que as palavras proferidas, são os silêncios não explicados. Há por aí quem se tenha remetido a um silêncio calculista. Negociado? Obrigado? Medroso? O tempo o dirá.
- Pego no “Diário do Alentejo” para, mais uma vez, reler a opinião do Presidente da Câmara de Ourique. Mais do que lá está escrito, é importante tentar compreender o que está entre as linhas. E chego à conclusão que há ali muita matéria. Para reflectir. Principalmente pelo que não está lá escrito, mas implícito.
- Revejo o meu amigo Maltês. Obviamente que a fotografia é tema. Uma conclusão: há muitos olhares escondidos. Eu acrescento: há uma juventude que gosta da Arte, mas não aceita tratá-la com vénias. Os novos valores continuam afastados. E não é por auto-exclusão.
- Termino o Domingo a olhar para o Boletim Cultural da Câmara Municipal de Beja. Sem rumo, desactualizado, de péssimo grafismo, nada inovador, pobre! Como a Cultura do Município.
15 novembro, 2003
A propósito do dia 15 de Novembro, vejam só o que o Machede foi descobrir no Borda D'Água. Há com cada uma....
14 novembro, 2003
Chegou a 6ª feira! E com ela o fim-de-semana.
É tempo de não fazer.
Enquanto o Sol se esconde, a chuva ameaça.
As castanhas com sal vão à brasa e gostam-se.
A casa desalinhada precisa de um olhar.
Os fotogramas amontoam-se e pedem espaço.
Os livros gritam para que os acaricie.
Revistas e tablóides aguardam a despedida.
O blog requer atenções e vénias.
Ai tanta coisa...tanta coisa.....
É tempo de não fazer!!
Prometo!
Esta noite é tua.
É dos dois.
É tempo de não fazer.
Enquanto o Sol se esconde, a chuva ameaça.
As castanhas com sal vão à brasa e gostam-se.
A casa desalinhada precisa de um olhar.
Os fotogramas amontoam-se e pedem espaço.
Os livros gritam para que os acaricie.
Revistas e tablóides aguardam a despedida.
O blog requer atenções e vénias.
Ai tanta coisa...tanta coisa.....
É tempo de não fazer!!
Prometo!
Esta noite é tua.
É dos dois.
O Fumaças criou a secção A MINHA REGIÃO onde vai colocar "blogs de cariz regionalista, que focam predominantemente assuntos locais e que poderão eventualmente ser um sucedâneo ou complemento da imprensa regional."
O Praça da República está também naquele canto.
Cumprimentamos e agradecemos a referência.
O Praça da República está também naquele canto.
Cumprimentamos e agradecemos a referência.
13 novembro, 2003
Aniversário com Poema (e retrato)
"O que hoje aprendi para dizer-me
talvez não caiba no jeito do verso
não cabe, por minha falta
mas eu aprendi.
Desde hoje serei mais eu
estarei mais onde estiver"
José de Almada Negreiros.
Para a Marta. Com enormes beijos do pai.
"O que hoje aprendi para dizer-me
talvez não caiba no jeito do verso
não cabe, por minha falta
mas eu aprendi.
Desde hoje serei mais eu
estarei mais onde estiver"
José de Almada Negreiros.
Para a Marta. Com enormes beijos do pai.
Desequilíbrio Analítico
Passadas 48 horas sobre a Nota de Imprensa e de Mário Simões (porta-voz) ter acrescentado (em conferência de imprensa) mais alguns considerandos às linhas escritas, a Comissão Política Permanente da Distrital de Beja do PSD, após reunião, torna hoje público um comunicado que, segundo os próprios, é “uma posição complementar e explicativa” das posições assumidas na véspera de S. Martinho.
Diz a Comissão Permanente que “houve interpretações descontextualizadas e desajustadas, eventualmente consequência de dúbia interpretação do texto”.
Pergunto: da parte de quem?
A resposta é fácil, pois se a Distrital não quis dizer aquilo que escreveu, o seu porta-voz fez a interpretação que, obviamente, está subjacente ao pensamento que a mesma Distrital quis transmitir.
Falando mais claro: Mário Simões fez passar a mensagem, em linguagem popular, do que estava nas entrelinhas da Nota de Imprensa da noite de 10 de Novembro.
Porque, nessa nota, se empregavam expressões como “a despropositada e grosseira vociferação de alguns intervenientes”, entendeu o porta-voz da Distrital que seria bom descodificar o que é que aquilo queria dizer. E foi bem claro, não deixando margem para dúvidas, ao apontar os nomes dos “vociferadores” que, por serem militantes do PSD, estariam sujeitos a sanções disciplinares que poderiam ir até à expulsão.
Por isso, e mais uma vez, a Distrital de Beja do PSD, através deste novo delírio interpretativo, vem demonstrar uma evidente ausência de clareza, alguma desorientação e falta de coesão.
Abstenho-me, de momento, de tecer mais comentários sobre este assunto.
Estou certo que, se prevalecer a humildade democrática, serão reconhecidos os erros cometidos e apresentadas as devidas desculpas a quem se tentou denegrir.
A Humildade é uma virtude e anda de mão dada com a Dignidade.
Noticiário:
- Radio Pax
Comentários:
- A Voz do Baixo Alentejo
Passadas 48 horas sobre a Nota de Imprensa e de Mário Simões (porta-voz) ter acrescentado (em conferência de imprensa) mais alguns considerandos às linhas escritas, a Comissão Política Permanente da Distrital de Beja do PSD, após reunião, torna hoje público um comunicado que, segundo os próprios, é “uma posição complementar e explicativa” das posições assumidas na véspera de S. Martinho.
Diz a Comissão Permanente que “houve interpretações descontextualizadas e desajustadas, eventualmente consequência de dúbia interpretação do texto”.
Pergunto: da parte de quem?
A resposta é fácil, pois se a Distrital não quis dizer aquilo que escreveu, o seu porta-voz fez a interpretação que, obviamente, está subjacente ao pensamento que a mesma Distrital quis transmitir.
Falando mais claro: Mário Simões fez passar a mensagem, em linguagem popular, do que estava nas entrelinhas da Nota de Imprensa da noite de 10 de Novembro.
Porque, nessa nota, se empregavam expressões como “a despropositada e grosseira vociferação de alguns intervenientes”, entendeu o porta-voz da Distrital que seria bom descodificar o que é que aquilo queria dizer. E foi bem claro, não deixando margem para dúvidas, ao apontar os nomes dos “vociferadores” que, por serem militantes do PSD, estariam sujeitos a sanções disciplinares que poderiam ir até à expulsão.
Por isso, e mais uma vez, a Distrital de Beja do PSD, através deste novo delírio interpretativo, vem demonstrar uma evidente ausência de clareza, alguma desorientação e falta de coesão.
Abstenho-me, de momento, de tecer mais comentários sobre este assunto.
Estou certo que, se prevalecer a humildade democrática, serão reconhecidos os erros cometidos e apresentadas as devidas desculpas a quem se tentou denegrir.
A Humildade é uma virtude e anda de mão dada com a Dignidade.
Noticiário:
- Radio Pax
Comentários:
- A Voz do Baixo Alentejo
12 novembro, 2003
Visitas à Praça
O contador de visitas do "Praça da República" bateu hoje o seu record de page views. Obrigado por virem até aqui. Quando as esplanadas estiverem a funcionar, tomamos um café!
Quem por aqui passou, deixou escrito nas lajes da Praça:
"Lidos os escritos nas entrelinhas, concordei com (quase) tudo!
Quanto à desertificação da Praça da República, não sei porque é forçoso que assim seja! Afinal, todas as "cidades grandes e vivas" que eu conheço têm praças onde não há viaturas! Dinamizam-nas, é o que é! Criam-se espaços de esplanadas, animação de rua de várias espécies, incrementa-se o comércio! Agora com o Conservatório a funcionar na Praça, acho que devia haver condições para tornar aquela um parte viva e activa da cidade! Digo eu... que não tenho conhecimento de "outras causas" ou coisas subjacentes às alterações ocorridas naquele local...
Longa vida ao "Praça da República"... Vou tentar estar atenta e... PARABÉNS!"
D.N.
"É só para dizer que faz parte (blog) dos meus favoritos e que não posso estar mais de acordo consigo acerca do que tenho lido.
Aperte com o polis que é uma vergonha.
Portanto da minha parte, parabens e pode ir continuando a escrever."
A.R.
O contador de visitas do "Praça da República" bateu hoje o seu record de page views. Obrigado por virem até aqui. Quando as esplanadas estiverem a funcionar, tomamos um café!
Quem por aqui passou, deixou escrito nas lajes da Praça:
"Lidos os escritos nas entrelinhas, concordei com (quase) tudo!
Quanto à desertificação da Praça da República, não sei porque é forçoso que assim seja! Afinal, todas as "cidades grandes e vivas" que eu conheço têm praças onde não há viaturas! Dinamizam-nas, é o que é! Criam-se espaços de esplanadas, animação de rua de várias espécies, incrementa-se o comércio! Agora com o Conservatório a funcionar na Praça, acho que devia haver condições para tornar aquela um parte viva e activa da cidade! Digo eu... que não tenho conhecimento de "outras causas" ou coisas subjacentes às alterações ocorridas naquele local...
Longa vida ao "Praça da República"... Vou tentar estar atenta e... PARABÉNS!"
D.N.
"É só para dizer que faz parte (blog) dos meus favoritos e que não posso estar mais de acordo consigo acerca do que tenho lido.
Aperte com o polis que é uma vergonha.
Portanto da minha parte, parabens e pode ir continuando a escrever."
A.R.
O Alentejo no gerúndio está no Alentejanando. Superior qualidade fotográfica. Textos a gerundiar.
É verdade. O Alentejo está vivo.
É verdade. O Alentejo está vivo.
Mais correspondência recebida:
"Caríssimo desconhecido
Habitualmente resido em Lisboa, mas sempre que posso dou aí um salto, pois emocionalmente vivo os assuntos ligados ao desenvolvimento dessa região e fundamentalmente prezo e cultivo a amizade das pessoas simples e boas desse Alentejo que aprendi a descobrir.
A descoberta deste espaço (que espero, não me desiluda) faz com que passe a ser um ponto de paragem obrigatória para preencher as lacunas de informação que sinto ( as rádios só chegam a Ferreira do Alentejo).
Desejo um bom trabalho e envio um abraço dum leitor atento."
LF
Agradeço-lhe os elogios. Apesar de este não ser um espaço de informação e de não se substituir aos órgãos de comunicação, é obvio que o Praça da República continuará a tentar ser um local informado.
"Caríssimo desconhecido
Habitualmente resido em Lisboa, mas sempre que posso dou aí um salto, pois emocionalmente vivo os assuntos ligados ao desenvolvimento dessa região e fundamentalmente prezo e cultivo a amizade das pessoas simples e boas desse Alentejo que aprendi a descobrir.
A descoberta deste espaço (que espero, não me desiluda) faz com que passe a ser um ponto de paragem obrigatória para preencher as lacunas de informação que sinto ( as rádios só chegam a Ferreira do Alentejo).
Desejo um bom trabalho e envio um abraço dum leitor atento."
LF
Agradeço-lhe os elogios. Apesar de este não ser um espaço de informação e de não se substituir aos órgãos de comunicação, é obvio que o Praça da República continuará a tentar ser um local informado.
Actualização de correspondência
Tenho recebido correio electrónico a comentar o Praça da República.
Ficam aqui alguns excertos:
1. “ (…) li com alguma atenção e devo dizer-lhe que acho interessante, muito interessante até. Gosto da maneira irónica como opina sobre as várias matérias e, por outro lado, o que mais me agrada é a coragem que transparece, na abordagem
dos assuntos, sem pudores de demonstrar os seus pontos de vista. Agora leio
com frequência o "Praça da Republica", é o meu canal de ligação à minha
querida cidade (como sabe estou a trabalhar no "estrangeiro").
Alegações finais": acho o blog irreverente mas consequente (o que é
genial).
Muitos parabéns e um grande abraço”
P.L.
2. “(…) não me espanta a qualidade gráfica do blog e muito menos a qualidade do seu conteúdo.
Apetece-me dizer-lhe para continuar…a pôr as coisas em ordem, porque nesta terra parece que uma dúzia de gente mal formada pretende descredibilizar quem durante uma vida deu provas de seriedade, honestidade e verdade política.(…)
A.D.
A ambos o meu muito obrigado.
Tenho recebido correio electrónico a comentar o Praça da República.
Ficam aqui alguns excertos:
1. “ (…) li com alguma atenção e devo dizer-lhe que acho interessante, muito interessante até. Gosto da maneira irónica como opina sobre as várias matérias e, por outro lado, o que mais me agrada é a coragem que transparece, na abordagem
dos assuntos, sem pudores de demonstrar os seus pontos de vista. Agora leio
com frequência o "Praça da Republica", é o meu canal de ligação à minha
querida cidade (como sabe estou a trabalhar no "estrangeiro").
Alegações finais": acho o blog irreverente mas consequente (o que é
genial).
Muitos parabéns e um grande abraço”
P.L.
2. “(…) não me espanta a qualidade gráfica do blog e muito menos a qualidade do seu conteúdo.
Apetece-me dizer-lhe para continuar…a pôr as coisas em ordem, porque nesta terra parece que uma dúzia de gente mal formada pretende descredibilizar quem durante uma vida deu provas de seriedade, honestidade e verdade política.(…)
A.D.
A ambos o meu muito obrigado.
PSD BEJA
Amilcar Mourão, Presidente da Distrital do PSD Beja, diz que houve "interpretações erradas" do que foi dito. E diz mais: "que há muitas confusões que terão que ser esclarecidas". Por isso, a Distrital vai reunir para esclarecer as confusões. Aguardemos estes esclarecimentos.
Segundo esta notícia, Amilcar Mourão refere "que não se pode agradar a todos". De acordo! Eu acrescento: Não se deve desagradar à maioria!
Entretanto, os eventuais processos disciplinares a 3 militantes, são agora só 2. Seria sensato que não houvesse processos e que a Distrital transmitisse a ideia de que não está a fazer "caça às bruxas".
Confira o noticiário:
- Rádio Pax (sobre a posição do NERBE)
- Rádio Pax (críticas dos militantes)
- Público (Carlos Dias)
- Secção de Beja do PSD
Amilcar Mourão, Presidente da Distrital do PSD Beja, diz que houve "interpretações erradas" do que foi dito. E diz mais: "que há muitas confusões que terão que ser esclarecidas". Por isso, a Distrital vai reunir para esclarecer as confusões. Aguardemos estes esclarecimentos.
Segundo esta notícia, Amilcar Mourão refere "que não se pode agradar a todos". De acordo! Eu acrescento: Não se deve desagradar à maioria!
Entretanto, os eventuais processos disciplinares a 3 militantes, são agora só 2. Seria sensato que não houvesse processos e que a Distrital transmitisse a ideia de que não está a fazer "caça às bruxas".
Confira o noticiário:
- Rádio Pax (sobre a posição do NERBE)
- Rádio Pax (críticas dos militantes)
- Público (Carlos Dias)
- Secção de Beja do PSD
A COMISSÃO POLÍTICA DISTRITAL DO PSD DE BEJA, como era previsível, está a sofrer fortes críticas, pelas insensatas decisões e declarações proferidas na passada Segunda-feira. O NERBE, a Comissão Política da Secção de Beja e vários militantes criticam asperamente aquele órgão Distrital.
Alguns social-democratas pedem a substituição da actual Comissão Política.
Tal como eu referi ontem, as tomadas de posição da Distrital do PSD eram demasiado graves para ficarem sem contestação.
E ela aí está.
Actualizarei o noticiário ao longo do dia.
Alguns social-democratas pedem a substituição da actual Comissão Política.
Tal como eu referi ontem, as tomadas de posição da Distrital do PSD eram demasiado graves para ficarem sem contestação.
E ela aí está.
Actualizarei o noticiário ao longo do dia.
11 novembro, 2003
Tenho na minha frente a Nota de Imprensa que a Comissão Política Distrital do PSD/Beja distribuiu ontem à noite:
E transcrevo:
“(…) em face de várias posições públicas que têm sido assumidas sobre esta e outras matérias por militantes do PPD/PSD entende a Comissão Política Distrital recordar que a filiação num partido político, como em qualquer outra organização democrática, é sempre um acto individual, livre e voluntário, que pressupõe o aceitar das disposições estatutárias e das deliberações dos órgãos dirigentes eleitos. Poderá cada um, a todo o tempo, desvincular-se destas obrigações, através da desfiliação, gozando assim da liberdade de tomar as posições pessoais que bem entender, ainda que insensatas, iletradas ou mesmo prejudiciais à estratégia do PPD/PSD para a região e do Governo de Portugal. Contudo, até esse momento estão os militantes e os órgãos sujeitos aos mecanismos disciplinares estatutariamente previstos, os quais poderão, em face da gravidade de cada acto, culminar com a expulsão daqueles que manifestamente tenham dificuldades em conviver num ambiente democrático de respeito pelas pessoas e pelas instituições”
ISTO, QUE A DISTRITAL DO PSD/BEJA NOS COMUNICA, É GRAVE.
DIRIA MESMO: É DEMASIADAMENTE GRAVE, PARA QUE SE CALEM AS CONTESTAÇÕES.
Para além das posições que poderei tomar nos órgãos próprios, ocorre-me, neste momento, dizer o seguinte:
1. A Distrital do PSD/Beja tem uma interpretação autista e delirante sobre os direitos e obrigações dos militantes do PSD. O PSD tem uma tradição de democracia interna, que pauto de exemplar, não me recordando de nenhum caso relevante de expulsão por delito de opinião. E digo delito de opinião, pois é disto que trata o comunicado da Distrital. Lembro-me de militantes, aqui mesmo em Beja, que pediram publicamente a demissão do Presidente do Partido, por discordar das suas orientações, e nem por isso lhes foram instaurados processos como os que, por muito menos, agora se vislumbram.
2. A Distrital do PSD/Beja manifesta uma repugnante falta de respeito e consideração por militantes que, ao longo da sua militância, têm servido os interesses da região e do Partido. Tentar afastar nomes como Luís Serrano e Leonel Cameirinha, expressa uma cegueira doentia, revela uma incapacidade de adaptação à realidade, demonstra, acima de tudo, um enorme desprezo pelos valores por que se devem pautar as relações humanas.
3. A Distrital do PSD/Beja arvora-se em órgão omnipotente e detentor da razão absoluta. Em Democracia, estes comportamentos têm adjectivos, que me abstenho, neste momento, de mencionar. O que está subjacente nas palavras da Distrital do PSD/Beja é uma tentativa de silenciar vozes que lhe não são favoráveis, é um ensaio para atropelar o direito de opinião que todos, mas todos, os cidadãos têm.
4. Independentemente das interpretações administrativas dos estatutos do Partido, a Distrital do PSD/Beja não poderá nunca violar o que se encontra expresso no artº 37º da Constituição da República Portuguesa que, no seu ponto 1. refere que “todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações”.
Apelo, deste meu espaço, ao bom senso!
Noticiário:
- Rádio Pax
- Notícias Alentejo
E transcrevo:
“(…) em face de várias posições públicas que têm sido assumidas sobre esta e outras matérias por militantes do PPD/PSD entende a Comissão Política Distrital recordar que a filiação num partido político, como em qualquer outra organização democrática, é sempre um acto individual, livre e voluntário, que pressupõe o aceitar das disposições estatutárias e das deliberações dos órgãos dirigentes eleitos. Poderá cada um, a todo o tempo, desvincular-se destas obrigações, através da desfiliação, gozando assim da liberdade de tomar as posições pessoais que bem entender, ainda que insensatas, iletradas ou mesmo prejudiciais à estratégia do PPD/PSD para a região e do Governo de Portugal. Contudo, até esse momento estão os militantes e os órgãos sujeitos aos mecanismos disciplinares estatutariamente previstos, os quais poderão, em face da gravidade de cada acto, culminar com a expulsão daqueles que manifestamente tenham dificuldades em conviver num ambiente democrático de respeito pelas pessoas e pelas instituições”
ISTO, QUE A DISTRITAL DO PSD/BEJA NOS COMUNICA, É GRAVE.
DIRIA MESMO: É DEMASIADAMENTE GRAVE, PARA QUE SE CALEM AS CONTESTAÇÕES.
Para além das posições que poderei tomar nos órgãos próprios, ocorre-me, neste momento, dizer o seguinte:
1. A Distrital do PSD/Beja tem uma interpretação autista e delirante sobre os direitos e obrigações dos militantes do PSD. O PSD tem uma tradição de democracia interna, que pauto de exemplar, não me recordando de nenhum caso relevante de expulsão por delito de opinião. E digo delito de opinião, pois é disto que trata o comunicado da Distrital. Lembro-me de militantes, aqui mesmo em Beja, que pediram publicamente a demissão do Presidente do Partido, por discordar das suas orientações, e nem por isso lhes foram instaurados processos como os que, por muito menos, agora se vislumbram.
2. A Distrital do PSD/Beja manifesta uma repugnante falta de respeito e consideração por militantes que, ao longo da sua militância, têm servido os interesses da região e do Partido. Tentar afastar nomes como Luís Serrano e Leonel Cameirinha, expressa uma cegueira doentia, revela uma incapacidade de adaptação à realidade, demonstra, acima de tudo, um enorme desprezo pelos valores por que se devem pautar as relações humanas.
3. A Distrital do PSD/Beja arvora-se em órgão omnipotente e detentor da razão absoluta. Em Democracia, estes comportamentos têm adjectivos, que me abstenho, neste momento, de mencionar. O que está subjacente nas palavras da Distrital do PSD/Beja é uma tentativa de silenciar vozes que lhe não são favoráveis, é um ensaio para atropelar o direito de opinião que todos, mas todos, os cidadãos têm.
4. Independentemente das interpretações administrativas dos estatutos do Partido, a Distrital do PSD/Beja não poderá nunca violar o que se encontra expresso no artº 37º da Constituição da República Portuguesa que, no seu ponto 1. refere que “todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações”.
Apelo, deste meu espaço, ao bom senso!
Noticiário:
- Rádio Pax
- Notícias Alentejo
O PSD de BEJA
Ouvi, com muita apreensão, as declarações do porta-voz da Comissão Política Permanente PSD/Beja, que transmitiu as decisões tomadas ontem à noite por aquele órgão distrital. Não devo ter ouvido muito bem, pelo que vou esperar pela confirmação daquilo que me pareceu ouvir.
Mas, se for verdade, é grave, muito grave, a posição tomada de instaurar processos a militantes do Partido. Por delito de opinião.
Não deixarei de me pronunciar sobre este assunto.
Aqui e onde me apetecer.
Ouvi, com muita apreensão, as declarações do porta-voz da Comissão Política Permanente PSD/Beja, que transmitiu as decisões tomadas ontem à noite por aquele órgão distrital. Não devo ter ouvido muito bem, pelo que vou esperar pela confirmação daquilo que me pareceu ouvir.
Mas, se for verdade, é grave, muito grave, a posição tomada de instaurar processos a militantes do Partido. Por delito de opinião.
Não deixarei de me pronunciar sobre este assunto.
Aqui e onde me apetecer.
10 novembro, 2003
O AEROPORTO, A E.D.A.B. E OS "POLÍTICOS" DA REGIÃO
Esta coisa de sofrer ataques de ingenuidade tem as suas vantagens. Dá-nos mais liberdade de pensamento e, por vezes, as ideias até se vão tornando mais claras.
Provavelmente é o que se passa comigo.
(isto a propósito do meu post anterior)
Nesta já longa história do Aeroporto tenho assistido, nestes últimos tempos, a grandes “golpes de rim”. O que vem confirmar que o Aeroporto de Beja é, antes de tudo, um veículo de interesses políticos, um palco de lutas políticas e, acima de tudo, uma plataforma de promoção da mediocridade política a que muitos agentes regionais já nos habituaram.
O que se disse ontem, hoje já não tem valor! O que se diz hoje, pode não vir a repetir-se amanhã. Isto é a política a que temos direito em Beja e na nossa região.
A recente nomeação de novos administradores para a Empresa que explorará o Aeroporto, veio destapar algumas das hipocrisias que andavam camufladas.
De uma forma algo nebulosa, alguns agentes políticos têm surgido a prestar declarações quando, a meu ver, deveriam estar a lutar para a concretização do projecto em que acreditam.
É evidente que, neste como em tantos outros casos, o segredo é a alma do negócio, o secretismo confunde-se com desconhecimento e, sempre que se trata de ocupar lugares de topo na hierarquia, aplica-se a fórmula “amigo não empata amigo”, isto é – chega para lá e não empates.
As lutas que se têm desencadeado em torno da Administração do Aeroporto são um espelho do que acabei de referir. Em tão poucos anos de existência, já não me recordo de quantos elementos passaram por aquela Empresa (EDAB). Ora de uma cor ora de outra, ora engenheiro ora militar, o facto é que nenhuma Empresa é credível quando o seu Conselho de Administração anda constantemente em “dança de cadeiras”. E nenhum investidor lúcido aplicará seja que quantia for num projecto cuja administração se encontra constantemente à beira de um colapso.
A história que hoje veio a lume sobre a A.N.A. é, talvez, a solução para o Aeroporto de Beja. Não conheço em Portugal mais nenhuma entidade com know-how de infra estruturas aeronáuticas que se possa comparar à A.N.A.
Se esta for a solução, então que se crie a legislação para que assim seja. A EDAB saberá colher a instrução que a levará a tornar-se na efectiva administradora deste projecto.
E mais um apelo aos agentes políticos, empresariais e económicos desta região: por favor, abandone-se essa postura de políticos urbanos e reflicta-se na efemeridade dos cargos que se desempenham.
O Alentejo merece o vosso respeito
Esta coisa de sofrer ataques de ingenuidade tem as suas vantagens. Dá-nos mais liberdade de pensamento e, por vezes, as ideias até se vão tornando mais claras.
Provavelmente é o que se passa comigo.
(isto a propósito do meu post anterior)
Nesta já longa história do Aeroporto tenho assistido, nestes últimos tempos, a grandes “golpes de rim”. O que vem confirmar que o Aeroporto de Beja é, antes de tudo, um veículo de interesses políticos, um palco de lutas políticas e, acima de tudo, uma plataforma de promoção da mediocridade política a que muitos agentes regionais já nos habituaram.
O que se disse ontem, hoje já não tem valor! O que se diz hoje, pode não vir a repetir-se amanhã. Isto é a política a que temos direito em Beja e na nossa região.
A recente nomeação de novos administradores para a Empresa que explorará o Aeroporto, veio destapar algumas das hipocrisias que andavam camufladas.
De uma forma algo nebulosa, alguns agentes políticos têm surgido a prestar declarações quando, a meu ver, deveriam estar a lutar para a concretização do projecto em que acreditam.
É evidente que, neste como em tantos outros casos, o segredo é a alma do negócio, o secretismo confunde-se com desconhecimento e, sempre que se trata de ocupar lugares de topo na hierarquia, aplica-se a fórmula “amigo não empata amigo”, isto é – chega para lá e não empates.
As lutas que se têm desencadeado em torno da Administração do Aeroporto são um espelho do que acabei de referir. Em tão poucos anos de existência, já não me recordo de quantos elementos passaram por aquela Empresa (EDAB). Ora de uma cor ora de outra, ora engenheiro ora militar, o facto é que nenhuma Empresa é credível quando o seu Conselho de Administração anda constantemente em “dança de cadeiras”. E nenhum investidor lúcido aplicará seja que quantia for num projecto cuja administração se encontra constantemente à beira de um colapso.
A história que hoje veio a lume sobre a A.N.A. é, talvez, a solução para o Aeroporto de Beja. Não conheço em Portugal mais nenhuma entidade com know-how de infra estruturas aeronáuticas que se possa comparar à A.N.A.
Se esta for a solução, então que se crie a legislação para que assim seja. A EDAB saberá colher a instrução que a levará a tornar-se na efectiva administradora deste projecto.
E mais um apelo aos agentes políticos, empresariais e económicos desta região: por favor, abandone-se essa postura de políticos urbanos e reflicta-se na efemeridade dos cargos que se desempenham.
O Alentejo merece o vosso respeito
Mais AEROPORTO DE BEJA
De acordo com notícia da Rádio Pax, o economista e ex-EDAB Lança Silva denuncia: "A ANA - Aeroportos de Portugal prepara-se para explorar o Aeroporto de Beja durante o EURO 2004". E apela: "As forças vivas da região devem estar atentas, pois esta é uma situação inadmissível".
Bem, eu hoje acordei com o meu lado naïf* a sobrepor-se ao meu lado mais racional. Não consigo compreender do que se está a falar. Aeroporto de Beja? EURO 2004?
Sei que o EURO 2004 se vai realizar em Portugal (nalgum Portugal, acrescento), sei que os espectadores estrangeiros, na sua maioria, virão de avião; também sei que os espanhóis vão ter "Via Verde" nas nossas auto-estradas, para que essa despesazita não os iniba de cá vir gastar uns cêntimos. Mas o que eu não sei é o que é que Lança Silva quer dizer com a expressão Aeroporto de Beja. Seria bom que alguém explicasse aos alentejanos que em Beja não existe nenhum aeroporto! O que existe sim, é um projecto para que a Base Aérea de Beja seja utilizada pela aviação civil. E que esse projecto, pelos dados de que disponho, já em 1968 era tido como tal - um projecto! Portanto, seria bom que alguém esclarecesse que história é essa do Aeroporto de Beja estar operacional em Junho de 2004.
E, já agora, apetece-me perguntar (não se esqueçam que eu hoje estou mesmo naïf*):
- Lança Silva tomou conhecimento desta intenção da ANA ainda no tempo em que era administrador na EDAB? Não? Foi só agora? Ah..... eu hoje estou mesmo ingénuo. Cada vez percebo menos desta história.....
* naïf - adj. palavra francesa que significa ingénuo. in "Dicionário da Língua Portuguesa - 8ª Edição - Porto Editora"
De acordo com notícia da Rádio Pax, o economista e ex-EDAB Lança Silva denuncia: "A ANA - Aeroportos de Portugal prepara-se para explorar o Aeroporto de Beja durante o EURO 2004". E apela: "As forças vivas da região devem estar atentas, pois esta é uma situação inadmissível".
Bem, eu hoje acordei com o meu lado naïf* a sobrepor-se ao meu lado mais racional. Não consigo compreender do que se está a falar. Aeroporto de Beja? EURO 2004?
Sei que o EURO 2004 se vai realizar em Portugal (nalgum Portugal, acrescento), sei que os espectadores estrangeiros, na sua maioria, virão de avião; também sei que os espanhóis vão ter "Via Verde" nas nossas auto-estradas, para que essa despesazita não os iniba de cá vir gastar uns cêntimos. Mas o que eu não sei é o que é que Lança Silva quer dizer com a expressão Aeroporto de Beja. Seria bom que alguém explicasse aos alentejanos que em Beja não existe nenhum aeroporto! O que existe sim, é um projecto para que a Base Aérea de Beja seja utilizada pela aviação civil. E que esse projecto, pelos dados de que disponho, já em 1968 era tido como tal - um projecto! Portanto, seria bom que alguém esclarecesse que história é essa do Aeroporto de Beja estar operacional em Junho de 2004.
E, já agora, apetece-me perguntar (não se esqueçam que eu hoje estou mesmo naïf*):
- Lança Silva tomou conhecimento desta intenção da ANA ainda no tempo em que era administrador na EDAB? Não? Foi só agora? Ah..... eu hoje estou mesmo ingénuo. Cada vez percebo menos desta história.....
* naïf - adj. palavra francesa que significa ingénuo. in "Dicionário da Língua Portuguesa - 8ª Edição - Porto Editora"
09 novembro, 2003
1. Modas à Margem do Tempo - O Cante Tradicional Alentejano com uma nova sonoridade. Para que a herança da tradição não se perca.
"Cantarolices" é o título do CD que o Modas à Margem do Tempo vai lançar no próximo dia 22/11, no Salão de Congressos do Hotel da Cartuxa, em Évora.
O meu grande aplauso para este agrupamento, com votos de muito sucesso.
2. Acrescentei aos meus favoritos mais um blog alentejano. É o "Alandro al" e nele escreve o meu amigo Luís Tata. Mais: o Tata escreve e mostra a sua paixão pela fotografia. Longa vida para o "Alandro al".
3. O "Praça da República" agradece ao João Caetano Dias as referências elogiosas no seu Jaquinzinhos. Continuamos a ser consumidores diários de peixe fresco.
"Cantarolices" é o título do CD que o Modas à Margem do Tempo vai lançar no próximo dia 22/11, no Salão de Congressos do Hotel da Cartuxa, em Évora.
O meu grande aplauso para este agrupamento, com votos de muito sucesso.
2. Acrescentei aos meus favoritos mais um blog alentejano. É o "Alandro al" e nele escreve o meu amigo Luís Tata. Mais: o Tata escreve e mostra a sua paixão pela fotografia. Longa vida para o "Alandro al".
3. O "Praça da República" agradece ao João Caetano Dias as referências elogiosas no seu Jaquinzinhos. Continuamos a ser consumidores diários de peixe fresco.
08 novembro, 2003
Vou agora para uma "Matança do Porco". Enquanto em Bruxelas se discute se esta é uma tradição.
Alguém se importará se Bruxelas decidir em sentido contrário?
Eu não....
Lá mais para o fim da tarde, e se ainda houver tempo, vou participar na inauguração da Adega da Herdade do Monte Novo e Figueirinha, da família Cameirinha.
O Alentejo, não parece, mas está vivo.
Bom fim de semana!!!!
Alguém se importará se Bruxelas decidir em sentido contrário?
Eu não....
Lá mais para o fim da tarde, e se ainda houver tempo, vou participar na inauguração da Adega da Herdade do Monte Novo e Figueirinha, da família Cameirinha.
O Alentejo, não parece, mas está vivo.
Bom fim de semana!!!!
07 novembro, 2003
AEROPORTO DE OURIQUE?
Já se conta, em jeito de anedota, que o novo aeroporto de Beja, afinal, será construído de raiz, junto à Vila de Ourique. Porquê? Porque está muito mais próximo da auto-estrada, o que pouparia alguns milhares de Euros na construção dos acessos àquela infra-estrutura aero-portuária e não estaria dependente dos condicionalismos de utilizar uma base aérea militar. Nesse sentido, a recente nomeação dos novos membros do Conselho de Administração da EDAB, ligados ao município de Ourique, já teria em vista essa nova visão para o projecto. Igualmente, já em projecto, estaria a alteração do logotipo e denominação da Empresa, havendo quem proponha a simples alteração de EDAB (B de Beja) para EDAO (O de Ourique), mas as línguas mais venenosas propõem que seja EDTO (Empresa Distribuidora de Tachos a Ourique), onde o fadista monárquico já teria lugar assegurado como Assessor para as Relações Públicas.
É evidente que isto são versões que correm por aí. Más línguas, más línguas.
O Governador Civil
Sobre o assunto Aeroporto de Beja, trago aqui aquelas que foram as declarações mais recentes do Governador Civil de Beja, numa ocasião em que já se discutiam os nomes a integrar o CA da EDAB.
Transcrevo do Diário do Alentejo:
"O governador civil de Beja garantiu ao “Diário do Alentejo”, na última quarta-feira, que está “em perfeita e total sintonia” com o Governo, no que diz respeito à estratégia e às diferentes fases de evolução do projecto do futuro aeroporto de Beja.
“Não tenho divergência rigorosamente nenhuma com o Governo nesta matéria”, frisou João Paulo Ramoa, quando questionado sobre eventuais divergências com o secretário de Estado das Obras Públicas, Jorge Costa, a propósito da escolha dos nomes para compor o conselho de administração da EDAB.
Sublinhe-se que, após a reunião da assembleia-geral da EDAB de terça--feira, algumas fontes admitiram que a suspensão se deveria a “posições diferentes” quanto à composição da futura administração, por parte do governador e do secretário de Estado das Obras Públicas
O representante do Governo no distrito de Beja diz “desvalorizar totalmente” notícias vindas público sobre alegadas divergências em torno do projecto e, confrontado com as informações que justificam o adiamento da assembleia geral da EDAB, garante apenas que tal se deveu à necessidade de “haver mais tempo” para tratar de algumas matérias.
Aliás, em declarações ao DA, o governador civil admite os nomes do advogado José Gaspar e do engenheiro civil Mourato Grilo como futuros administradores, concordando que são “nomes que têm viabilidade”, embora ressalve que a última palavra cabe sempre à assembleia de accionistas."
Já hoje, também no DA, posso ler que:
“O governador civil de Beja informa que não está nem estará disponível para discutir qualquer nome ou currículo de candidatos a qualquer lugar. Porém quer tornar publicamente a sua surpresa e curiosidade pela constituição do novo conselho de administração da EDAB”
Confira o noticiário:
Diário do Alentejo (7.11.2003)
Críticas de Todos os Quadrantes - DA
Correspondência recebida
Escreve-me um leitor:
"EDAB, O, B....... Se será com O, B, S, C, A, F, M, ou mesmo A de Amareleja ou Q de Quintos que é uma freguesia fora disto tudo, o que nos interessa é que, o "Entreposto de carga e descarga de mercadorias " (via aérea) ou seja O Aeroporto da Base de Beja, venha para cá.
Enquanto as ditas sinergias não convergirem no mesmo sentido, a temperatura dentro da incubadora, manter-se-á porque o termóstato tem um limitador que não deixa que o nível ideal produza a alegria parcial necessária.
Enfim, é o que temos por cá e por culpa nossa.
Entristecer, também é um sentimento que atinge os ditos duros de coração, no entanto aqui transcrevo o que me vai na alma sobre a utopia de Ezra Pound, in Patria Mia.
«Deixei de acreditar nas utopias. Ou este mundo é uma espécie de incubadora na qual somos preparados para nascer para uma outra realidade melhor ou pior, ou não é.
Em todo caso, o planeta parece observar uma temperatura média de estupidez, tirania, intemperança e preguiça; e isto produz uma espécie de alegria parcial e convulsiva em quem gosta.
E parecia que este estado de coisas subsiste devido a certo equilíbrio de temperamentos.
É provável que uma utopia só seja satisfatória para a minoria mais enérgica da espécie.»
ze_loi@ antes d'almoço, 07-11-2003"
Já se conta, em jeito de anedota, que o novo aeroporto de Beja, afinal, será construído de raiz, junto à Vila de Ourique. Porquê? Porque está muito mais próximo da auto-estrada, o que pouparia alguns milhares de Euros na construção dos acessos àquela infra-estrutura aero-portuária e não estaria dependente dos condicionalismos de utilizar uma base aérea militar. Nesse sentido, a recente nomeação dos novos membros do Conselho de Administração da EDAB, ligados ao município de Ourique, já teria em vista essa nova visão para o projecto. Igualmente, já em projecto, estaria a alteração do logotipo e denominação da Empresa, havendo quem proponha a simples alteração de EDAB (B de Beja) para EDAO (O de Ourique), mas as línguas mais venenosas propõem que seja EDTO (Empresa Distribuidora de Tachos a Ourique), onde o fadista monárquico já teria lugar assegurado como Assessor para as Relações Públicas.
É evidente que isto são versões que correm por aí. Más línguas, más línguas.
O Governador Civil
Sobre o assunto Aeroporto de Beja, trago aqui aquelas que foram as declarações mais recentes do Governador Civil de Beja, numa ocasião em que já se discutiam os nomes a integrar o CA da EDAB.
Transcrevo do Diário do Alentejo:
"O governador civil de Beja garantiu ao “Diário do Alentejo”, na última quarta-feira, que está “em perfeita e total sintonia” com o Governo, no que diz respeito à estratégia e às diferentes fases de evolução do projecto do futuro aeroporto de Beja.
“Não tenho divergência rigorosamente nenhuma com o Governo nesta matéria”, frisou João Paulo Ramoa, quando questionado sobre eventuais divergências com o secretário de Estado das Obras Públicas, Jorge Costa, a propósito da escolha dos nomes para compor o conselho de administração da EDAB.
Sublinhe-se que, após a reunião da assembleia-geral da EDAB de terça--feira, algumas fontes admitiram que a suspensão se deveria a “posições diferentes” quanto à composição da futura administração, por parte do governador e do secretário de Estado das Obras Públicas
O representante do Governo no distrito de Beja diz “desvalorizar totalmente” notícias vindas público sobre alegadas divergências em torno do projecto e, confrontado com as informações que justificam o adiamento da assembleia geral da EDAB, garante apenas que tal se deveu à necessidade de “haver mais tempo” para tratar de algumas matérias.
Aliás, em declarações ao DA, o governador civil admite os nomes do advogado José Gaspar e do engenheiro civil Mourato Grilo como futuros administradores, concordando que são “nomes que têm viabilidade”, embora ressalve que a última palavra cabe sempre à assembleia de accionistas."
Já hoje, também no DA, posso ler que:
“O governador civil de Beja informa que não está nem estará disponível para discutir qualquer nome ou currículo de candidatos a qualquer lugar. Porém quer tornar publicamente a sua surpresa e curiosidade pela constituição do novo conselho de administração da EDAB”
Confira o noticiário:
Diário do Alentejo (7.11.2003)
Críticas de Todos os Quadrantes - DA
Correspondência recebida
Escreve-me um leitor:
"EDAB, O, B....... Se será com O, B, S, C, A, F, M, ou mesmo A de Amareleja ou Q de Quintos que é uma freguesia fora disto tudo, o que nos interessa é que, o "Entreposto de carga e descarga de mercadorias " (via aérea) ou seja O Aeroporto da Base de Beja, venha para cá.
Enquanto as ditas sinergias não convergirem no mesmo sentido, a temperatura dentro da incubadora, manter-se-á porque o termóstato tem um limitador que não deixa que o nível ideal produza a alegria parcial necessária.
Enfim, é o que temos por cá e por culpa nossa.
Entristecer, também é um sentimento que atinge os ditos duros de coração, no entanto aqui transcrevo o que me vai na alma sobre a utopia de Ezra Pound, in Patria Mia.
«Deixei de acreditar nas utopias. Ou este mundo é uma espécie de incubadora na qual somos preparados para nascer para uma outra realidade melhor ou pior, ou não é.
Em todo caso, o planeta parece observar uma temperatura média de estupidez, tirania, intemperança e preguiça; e isto produz uma espécie de alegria parcial e convulsiva em quem gosta.
E parecia que este estado de coisas subsiste devido a certo equilíbrio de temperamentos.
É provável que uma utopia só seja satisfatória para a minoria mais enérgica da espécie.»
ze_loi@ antes d'almoço, 07-11-2003"
06 novembro, 2003
AEROPORTO DE BEJA
Com a nomeação do novo Conselho de Administração da EDAB, podemos dizer que:
1 - A Câmara Municipal de Ourique (leia-se José Raúl dos Santos) é detentora de incompreensíveis poderes naquele Conselho;
2 - O projecto do Aeroporto de Beja morreu!
3 - O Governador Civil de Beja sai, para já, derrotado;
4 - A facção distrital do PSD que boicotou a campanha eleitoral de 2001 foi brindada pelo Governo;
5 - A Associação de Municípios de Beja e o NERBE, para além de outros accionistas, não têm voz no novo Conselho de Administração, o que significa dizer que não têm voz;
6 - Os grupos económicos, que eventualmente estavam interessados em investir neste projecto, vão suspender a sua participação (segundo o NERBE);
7 - Os economistas não fazem falta para a consecução deste projecto (o novo CA é constituído por 1 Oficial da FAP, 1 advogado e 1 engenheiro civil);
8 - Em política, tudo é possível.
As minha questões:
a) Quem é o responsável político por esta nomeação?
b) Como terminará esta guerra entre duas facções do PSD/Beja?
c) Durão Barroso dá cobertura política a esta nomeação?
d) Se sim, esta nomeação é uma contrapartida do quê?
e) Se não, quais serão as contrapartidas?
Julgo que, durante o dia de hoje, mais notícias virão a lume.
Entretanto, vamos conferindo os noticiários:
* Presidente da Câmara de Beja
* Notícias Alentejo
* Luís Serrano (NERBE)
* Lança Silva (economista; ex-EDAB)
* Rádio Pax
* Blog "A Voz do BA na net"
Com a nomeação do novo Conselho de Administração da EDAB, podemos dizer que:
1 - A Câmara Municipal de Ourique (leia-se José Raúl dos Santos) é detentora de incompreensíveis poderes naquele Conselho;
2 - O projecto do Aeroporto de Beja morreu!
3 - O Governador Civil de Beja sai, para já, derrotado;
4 - A facção distrital do PSD que boicotou a campanha eleitoral de 2001 foi brindada pelo Governo;
5 - A Associação de Municípios de Beja e o NERBE, para além de outros accionistas, não têm voz no novo Conselho de Administração, o que significa dizer que não têm voz;
6 - Os grupos económicos, que eventualmente estavam interessados em investir neste projecto, vão suspender a sua participação (segundo o NERBE);
7 - Os economistas não fazem falta para a consecução deste projecto (o novo CA é constituído por 1 Oficial da FAP, 1 advogado e 1 engenheiro civil);
8 - Em política, tudo é possível.
As minha questões:
a) Quem é o responsável político por esta nomeação?
b) Como terminará esta guerra entre duas facções do PSD/Beja?
c) Durão Barroso dá cobertura política a esta nomeação?
d) Se sim, esta nomeação é uma contrapartida do quê?
e) Se não, quais serão as contrapartidas?
Julgo que, durante o dia de hoje, mais notícias virão a lume.
Entretanto, vamos conferindo os noticiários:
* Presidente da Câmara de Beja
* Notícias Alentejo
* Luís Serrano (NERBE)
* Lança Silva (economista; ex-EDAB)
* Rádio Pax
* Blog "A Voz do BA na net"
04 novembro, 2003
“A MONTANHA PARIU UM RATO”
Em 2001/2002, durante cerca de 15 semanas, apresentei na Rádio Pax (Beja), aos Sábados, das 22 às 23H00, um programa de rádio que baptizei de “A Montanha pariu um Rato”. Era um programa de “música com palavras”. Apresentei textos de vários autores (desconhecidos), misturados com música de influência afro-americana, escolhendo sempre aquela que é pouco difundida pelas estações de rádio tradicionais.
Os textos eram, na sua grande maioria, contos do fantástico, sem restrições de linguagem, fazendo algumas vezes a divulgação de poesia.
Como fui de novo picado pelo bicho da rádio, pretendo voltar a colocar no ar o programa “A Montanha pariu um Rato”.
Para tal, necessito de textos. Mórbidos, hilariantes, essencialmente urbanos.
O meu desafio à blogosfera é: criem textos para este programa.
O que posso dar em troca? Divulgar os textos e os nomes dos seus autores.
Será criado um espaço-blog com o título do programa, onde colocarei os textos assim como os alinhamentos musicais.
Quem estiver interessado, deverá enviar os textos para o mail que está aqui neste blog em “escreva-me”.
Os textos não deverão ultrapassar os 4 minutos de leitura (página a página e meia A4).
Aos que costumam visitar a Praça da República agradeço que divulguem nos vossos blogues esta minha iniciativa.
“A Montanha pariu um Rato” está aqui, na programação da Rádio Pax.
Obrigado a todos.
Em 2001/2002, durante cerca de 15 semanas, apresentei na Rádio Pax (Beja), aos Sábados, das 22 às 23H00, um programa de rádio que baptizei de “A Montanha pariu um Rato”. Era um programa de “música com palavras”. Apresentei textos de vários autores (desconhecidos), misturados com música de influência afro-americana, escolhendo sempre aquela que é pouco difundida pelas estações de rádio tradicionais.
Os textos eram, na sua grande maioria, contos do fantástico, sem restrições de linguagem, fazendo algumas vezes a divulgação de poesia.
Como fui de novo picado pelo bicho da rádio, pretendo voltar a colocar no ar o programa “A Montanha pariu um Rato”.
Para tal, necessito de textos. Mórbidos, hilariantes, essencialmente urbanos.
O meu desafio à blogosfera é: criem textos para este programa.
O que posso dar em troca? Divulgar os textos e os nomes dos seus autores.
Será criado um espaço-blog com o título do programa, onde colocarei os textos assim como os alinhamentos musicais.
Quem estiver interessado, deverá enviar os textos para o mail que está aqui neste blog em “escreva-me”.
Os textos não deverão ultrapassar os 4 minutos de leitura (página a página e meia A4).
Aos que costumam visitar a Praça da República agradeço que divulguem nos vossos blogues esta minha iniciativa.
“A Montanha pariu um Rato” está aqui, na programação da Rádio Pax.
Obrigado a todos.
A União dos Blogues Livres existe! Missão: "promover a liberdade e a tolerância no universo da blogosfera de língua portuguesa".
É uma organização signatária da ONU - Organização dos Net Ultrajados. Tem uma Direcção Política e, parece, um braço armado.
Dado o interesse dos fins a que se propõe, é a UBL bem vinda a este Mundo, comprometendo-se a Praça da República a divulgar as suas actividades.
É uma organização signatária da ONU - Organização dos Net Ultrajados. Tem uma Direcção Política e, parece, um braço armado.
Dado o interesse dos fins a que se propõe, é a UBL bem vinda a este Mundo, comprometendo-se a Praça da República a divulgar as suas actividades.
03 novembro, 2003
O Paulo Barriga tem um cão/pessoa, certamente consumidor de diuréticos, que se revela um animal muito atento. Aconteceu que Pata Negra, assim se chama o animal/pessoa, num destes fins de tarde, conheceu a Praça da República renovada. O espectáculo foi impressionante e vem relatado no "Busca, Polis!". Leiam, que vale a pena.