17 novembro, 2003

Notas Soltas de Domingo. (dificuldades na rede provocaram a tardia inserção desta posta)

- Tenho uma extensa “LISTA DE ESPERA”. Com livros, revistas, dvd’s, cd’s, correspondência timbrada e electrónica. Aos livros sei que, mais tarde ou mais cedo, lhes vou bater à porta. A uns com mais facilidade do que a outros. Em espera biológica está a ética de António Damásio. Não sei como lá chegarei.
Acrescentei mais um volume à Lista. Lobo Antunes, com certeza. E tenho a certeza que só lá chegarei na noite da consoada. Fará sentido programar no tempo a leitura de um livro? Para mim, faz. Os rituais da preparação criam a ansiedade. A seguir vem a voracidade. Depois regressa-se à leitura consistente. São hábitos – ou manias, dizem-me. Por vezes, porém, os primeiros contactos são demasiado fortes para que se respeitem as programações. E lê-se. Por prazer.
As músicas e os filmes têm lugar marcado para uma brevidade nocturna. Lá chegarei. A correspondência terá resposta. Prometo.

- Leio uma sondagem no DN de 8/11, sobre a Constituição Europeia e o Referendo. Não compreendo a pergunta que se faz aos sondados: “Aceita subordinar a Constituição Portuguesa a uma Constituição Europeia?”. Isto não faz sentido. A questão está mal formulada. O que me leva a recear que a questão do referendo esteja, desde já, inquinada. Aliás, as questões colocadas na sondagem estão todas elas contaminadas. Pergunte-se, em sondagem: “Sabe para que serve um referendo?” ou “O resultado de um referendo é vinculativo?”. Depois basta interpretar os resultados.

- Revejo tudo o que se escreveu e disse no processo EDAB – PSD/Beja. Chego à conclusão que mais grave do que as palavras proferidas, são os silêncios não explicados. Há por aí quem se tenha remetido a um silêncio calculista. Negociado? Obrigado? Medroso? O tempo o dirá.

- Pego no “Diário do Alentejo” para, mais uma vez, reler a opinião do Presidente da Câmara de Ourique. Mais do que lá está escrito, é importante tentar compreender o que está entre as linhas. E chego à conclusão que há ali muita matéria. Para reflectir. Principalmente pelo que não está lá escrito, mas implícito.

- Revejo o meu amigo Maltês. Obviamente que a fotografia é tema. Uma conclusão: há muitos olhares escondidos. Eu acrescento: há uma juventude que gosta da Arte, mas não aceita tratá-la com vénias. Os novos valores continuam afastados. E não é por auto-exclusão.

- Termino o Domingo a olhar para o Boletim Cultural da Câmara Municipal de Beja. Sem rumo, desactualizado, de péssimo grafismo, nada inovador, pobre! Como a Cultura do Município.

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