23 março, 2004

CÉLIA (13)

Recebi o sms quando liguei o aparelho. Sem saber a hora nocturna da missiva, adivinhei a fonte.
Era certamente alguma questão não esclarecida, mas à qual encontrara resposta nas suas horas de ócios insólitos.
“Desculpa se não to disse, mas amar é um privilégio!”.
Hesitei entre responder logo, deixar para depois ou mesmo ignorar.
E como me acontece, sempre que não sigo o impulso inicial, sou apanhado desprevenido e recebo o segundo toque.
“Inacreditável, não é? Já tinhas pensado nisso?” – agora não tinha outra solução.
Seguir em frente, esquecer, ignorar?
Naquele momento tomei a decisão mais acertada.
Ocultei a mensagem no arquivo, sabendo que mais tarde ou mais cedo vou ter que a encarar.
São assim as mensagens do arquivo.


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