29 janeiro, 2004
CÉLIA (7)
“…e não percebes que esse luto constante, essa falta de confiança e esse permanente paladar a pessimismo vos está a afundar para um poço de ficção? Que deixaram de ter a percepção do caminho que escolheram sem querer, que derramam as lágrimas desnecessárias quando as deveriam saborear nas vossas corridas contra o vento? Para que querem vocês o Sol?”
Arrebatadora, lança a farpa “E tu onde estavas nessa fatídica noite?”
Embaraçado, apanhado como a criança a mentir, joguei-lhe cummings:
“(…) for life´s not a paragraph
And death I think is no parenthesis”
que a vida não é um parágrafo
E a morte julgo nenhum parêntesis
Não me convenci!
Arrebatadora, lança a farpa “E tu onde estavas nessa fatídica noite?”
Embaraçado, apanhado como a criança a mentir, joguei-lhe cummings:
“(…) for life´s not a paragraph
And death I think is no parenthesis”
que a vida não é um parágrafo
E a morte julgo nenhum parêntesis
Não me convenci!