14 janeiro, 2004
CÉLIA (4)
Foi ontem à noite que Célia perdeu o prumo. No silêncio de uma noite que começava, despertou-me do sono em que eu queria permanecer. As suas palavras saíram sem misericórdia. Não precisavam de embelezamentos de ocasião. O telefone é frio.
Pareceu-me pouco inocente a escolha da hora.
Não respondi.
Disse tão só que quero continuar a dormir. Não me apetece entrar no sonho que se me oferece àquela hora.
É tempo de resistência. Por quanto tempo?
Foi ontem à noite que Célia perdeu o prumo. No silêncio de uma noite que começava, despertou-me do sono em que eu queria permanecer. As suas palavras saíram sem misericórdia. Não precisavam de embelezamentos de ocasião. O telefone é frio.
Pareceu-me pouco inocente a escolha da hora.
Não respondi.
Disse tão só que quero continuar a dormir. Não me apetece entrar no sonho que se me oferece àquela hora.
É tempo de resistência. Por quanto tempo?