26 julho, 2003

Depois de umas retemperadoras férias algarvias, onde consegui estar longe e perto das multidões, regressei à nossa tão querida cidade. E cheguei ansioso por ver como se estava a embelezar a nossa Praça da República.
Como devem calcular: bué de desilusão.
Aquele estaleiro vai aumentando o seu volume. E obra visível? Népias. Rien de rien!
Parece que o Baioa e os seus arqueólogos estão muito ofendidos com a falta de atenção que os POLI's prestam ao património enterrado. Sinceramente, ó Baioa! Então estavas à espera do quê? Que agora se preocupassem com os "calhaus" dos romanos? Nã! Aquela rapaziada é mais do estilo dinossáurico. Se ali houvesse patadas desses animais que só existem no nosso imaginário, ou alguns rabiscos rupestres, aí, alto lá e para o baile! O dinossauro-mor da Praça mandava logo suspender as obras. E se fosse qualquer coisa ligada ao mundo islâmico, então nem te conto. Avançava a fauna de mértola e lá iam à procura dos restos da cultura árabe que, dizem eles, muito nos influenciou. Assim com umas porras romanas, ninguém vai prestar atenção à indignação dos Defensores do Património. Daqui a 100 anos, quando estiver concluído o projecto POLIS XXI-a, já ninguém se lembra de como era a Praça, quem é que por lá andou antes da mesma se chamar da República, enfim, estará escrito nalgum manual de "como ocultar o património", que por ali passaram romanos e lusitanos (alguns alentejanos).
Até logo e...não encalhem nos calhaus que por aí andam à solta!!!!

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